terça-feira, 31 de agosto de 2010

neste momento

Quando pensei que estava tudo no lugar, tudo certo, tudo seguindo como o planejado, você me apareceu. Furacãozinho na minha vida, como você mesmo costuma dizer.
Desordem imensa, bagunça total. E tomou espaço sem pedir licença, foi entrando, se acomodando.
Eu nem dei por mim. Fui deixando, fui gostando.
Tinha um espaço tão grande, e há tanto esquecido, que foi como o sol entrando e ocupando tudo, imenso, enorme, brilhante.
Não fiz cálculos, não pensei, não temi. Abri a porta pra você.
Agora me sinto dividida, entre o prazer e o temor. Experimento uma felicidade que nunca senti antes, e um medo de que ela seja ilusória, passageira, frágil.
O furacão não sou eu, não é você.
O furacão é a vida, e ela carrega tanta coisa dentro do redemoinho, que a gente não escolhe.
Estaremos nós dois aqui, depois que o furacão passar?
Sinto um medo do tamanho desta felicidade, um medo do tamanho do mundo, do tamanho da vida.
Medo de perder o que eu nem bem acabei de encontrar.
Se eu não encontrar você, não me acho nunca mais.

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