domingo, 8 de agosto de 2010

Descobrindo a cidade #3

Saí de casa resolvida a encontrar meu cabideiro e, quem sabe, inspiração para o rack da sala. Fui ao Bazar do Lar Escola São Francisco, na Vila Mariana. Eu já havia pensando em ir lá, mas ontem, quando me disseram que fica na rua França Pinto – a mesma da Livraria Nove Sete – descobri que era mais fácil do que eu imaginava.

Uma das coisas que mais me encanta em São Paulo é poder ser apenas mais uma na multidão. A gente pode estabelecer relações familiares nos espaços que freqüenta, mas ser apenas mais um pelos caminhos. Adoro. Já senti isso na Avenida Paulista, no centro, no Ibirapuera, na Vila Madalena, aqui na Pompéia. Ou ninguém repara em você – porque se está em uma multidão; ou há tantas pessoas diferentes e de variados estilos, que você se torna mais uma.

Mas isso não acontece na Vila Mariana. Andando pelo bairro, hoje, senti que as pessoas me olhavam, incomodadas. Motivo: minha meia-calça verde. Perto da hora do alomoço, as famílias estavam comprando almoço, saindo para almoçar, movimentando o bairro. Para minha surpresa, aquelas mulheres (com suas bundas enormes, usando legging, bota de montaria, num gosto bastante duvidoso) ficavam me encarando, me olhado de cima a baixo... cruzes! Senti-me em Berti city...

Bom, o que importa é que encontrei o meu tão sonhado cabideiro de imbuia, inteirinho, bonitinho. Está meio sujo, amanhã dou uma geral nele e levo para o quarto. O rack, nenhuma idéia.

Mudando de assunto, fui assistir Policarpo Quaresma. É ótimo, tem sequências de cenas ótimas – a cena do manicômio é impagável. Mas, assim como em A Pedra do Reino,  a sensação ao final é de que foi muito longo – são duas horas de espetáculo. Podia ter enxugado alguma coisa, sei lá. Mas que é bom, é mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário