segunda-feira, 19 de julho de 2010

Primeiro final de semana. Chegando...

Depois de passar a sexta-feira toda "morgando", de pijama o dia todo enquanto arrumava as malas, cheguei ontem, em definitivo até sabe Deus quando, a esta cidade maluca.

Vim de carona com um casal de amigos de Bertioga, que rumavam para Catanduva. Saímos às 5h da manhã e chegamos aqui às 7h30, depois de nos perdemos no centro de São Paulo, perdendo (algumas vezes) a entrada para o Elevado.

Eu já havia combinado com os meus queridos de Campinas que nos encontraríamos no show da Carol, na hora do almoço, lá no SESC Vila Mariana, e pra lá fui. Como vim de Bertioga pela manhã, não deu tempo de preparar almoço nem nada decente para receber as visitas... comecei mal esse lance de anfitriã... Mas até que para a primeira vez, guiei bem meu compadre para chegar até aqui - pena que nem em um sábado a tarde o trânsito dê trégua...

Ter duas crianças de 4 e 6 anos em um apartamento pequeno é uma pequena sessão de tortura. Primeiro, explicar e fazê-los entender que estamos em uma casa em cima de outra, e que todo o barulho que fazemos incomoda os vizinhos de baixo. Depois, tentar (inutilmente) evitar que eles pulem, batam os pés no chão, brinquem de lutinha... até que os vizinhos sutilmente reclamem, batendo no teto. É a #vidanoapê...

Hoje foi dia de passar uma vassoura por onde o padre passa, deixar a sala apresentável e meu quarto livre de bagunça, e enfiar toda a bagunça no outro quarto. A Tati foi comigo buscar a tv da Elis, que estava emprestada para a Sylvia e agora ficará comigo, até eu encontrar uma por R$100,00, ou ganhar de presente (aha! alguém se habilita?)!!!
Percebi, no final da noite, que ACABOU-SE A MAMATA DE ALMOÇAR E JANTAR NO TRABALHO, e que preciso criar vergonha na cara e voltar a cozinhar. Até porque estou duranga e preciso fazer o dinheiro chegar até o final do mês (e ainda faltam mais de 10 dias, medo!). Ótima oportunidade para me lembrar de tudo que já pesquisei e acreditei sobre alimentação (a pessoa aqui foi vegetariana por 8 anos, fazia seu próprio gluten, cozinhava diariamente) e deixar de comer tranqueira como venho fazendo há algum tempo (alguém viu a coca-cola que eu deixei na geladeira?).

Operação 30 anos, aí vou  eu! Ou eu como direito, e me esforço para emagrecer e desentortar minha coluna, ou estou fadada a me sentir fracassada para o resto da vida... tenho três anos para ter o corpo e a saúde que desejo (uau, que frase mais revista feminina...), e só eu posso fazer isso por mim. E a dra Marta, se eu fizer a minha parte - não fui nem buscar os resultados dos exames do ano passado...

Pois é, bem vinda a sua nova vida nova!

Impressões de um menino de quatro anos sobre a nova casa da sua madrinha
(descendo do carro)
- Dinda, qual é a sua casa?
- É neste prédio amarelo.
- Este amarelinho, precioso? (essa coisa fofa aprende palavras e fica usando, assim... ai!)
- É, este aqui.
(abro a porta do prédio, e ele entra correndo, na minha frente, enquanto os demais ainda descem do carro)
- Onde é a sua cozinha?
- Sobe a escada, é lá em cima.
(ele sobre correndo, e eu corro atrás, sem escolha; deixo a porta de entrada do prédio aberta)
- Aqui é a porta da sua cozinha?
- Não, aqui é a porta da minha casa.
(olha para o corredor, com cara de intrigado)
- Por que tem tanta portinha na sua casa, Dinda?
- Cada porta é uma casa, a minha é essa. Vamos entrar para você ver.
(entramos, e ele entra correndo, para reconhecer o espaço. Estou na cozinha, descarregando as compras.)
- Dinda, a sua casa não tem cozinha?
- Tem meu amor, é aqui.
(pensa um pouco, intrigado)
- E a sua cozinha não tem cadeira, pra gente sentar e comer comida?

É, meu amor, espero que durante um bom tempo a sua referência de casa seja portão, jardim, garagem, copa, cozinha, quintal, céu... e a sua Dinda promete que da próxima vez vai ter comida pronta, pra você não ficar com tanta fome assim e só querer saber da cozinha...



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