se até o tempo anda amalucado
se as estações estão confusas e eu preciso de cachecóis e meias em pleno novembro
se ninguém mais sabe se vai chover ou fazer sol
quem sou eu para buscar alguma certeza entre os homens?
esperando, espreitando
mantendo tudo em banho-maria
cuidando para não derramar nem queimar
olhando por entre as frestas que ainda estão abertas
e tentando juntar, à minha maneira, os fragmentos daquilo que me chega
procurando fazer dos ruídos, sinfonia
ser chuva é cair por aí, virar poça, barro, carregar barquinho de papel, brincar com o arco-íris... fazer a terra cheirar, ser gota que brilha na folha... cabeça cheia de idéia, às vezes tem que chover em algum lugar. o que vira? sei não.
sábado, 13 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
???
Eu tenho uma pulga
enorme, gigante, monstruosa
que mora atrás da minha orelha
ela vivia no circo até bem pouco tempo atrás
então sabe muitos truques
como ficar bem pequenininha
de um jeito que eu me esqueço da sua existência
mas quando ela teima em reaparecer
quer o picadeiro inteirinho
só para ela
ah, como é exibida!
"uma pulga na balança deu um pulo e foi à França!"
não ando nos meus dias mais amigáveis com os animaizinhos
quero me livrar de você pulga, vai fazer seu show em outro lugar...
enorme, gigante, monstruosa
que mora atrás da minha orelha
ela vivia no circo até bem pouco tempo atrás
então sabe muitos truques
como ficar bem pequenininha
de um jeito que eu me esqueço da sua existência
mas quando ela teima em reaparecer
quer o picadeiro inteirinho
só para ela
ah, como é exibida!
"uma pulga na balança deu um pulo e foi à França!"
não ando nos meus dias mais amigáveis com os animaizinhos
quero me livrar de você pulga, vai fazer seu show em outro lugar...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
eu espero acontecimentos
tantas coisas
tantas coisas
tantas coisas...
pensamentos infindáveis, conexões intermináveis, neurose, histeria
sufoco, penso, respiro, decido
o coração na boca
a cabeça (ainda) em cima do pescoço
- para onde mais ela poderia ir? -
procuro pelas respostas
mas acho que estou fazendo as perguntas erradas
Baby, do you wanna dance?
tantas coisas
tantas coisas...
pensamentos infindáveis, conexões intermináveis, neurose, histeria
sufoco, penso, respiro, decido
o coração na boca
a cabeça (ainda) em cima do pescoço
- para onde mais ela poderia ir? -
procuro pelas respostas
mas acho que estou fazendo as perguntas erradas
Baby, do you wanna dance?
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Silêncio
quando o silêncio faz um barulho ensurdecedor
ele vibra dentro de mim com uma força descomunal
é maior do que centenas de alfaias num maracatu na rua
ou do que a bateria da escola de samba
é mais forte do que as ondas do mar em dia de ressaca
ou do som aterrador da turbina do avião dentro da turbulência
seu silêncio grita dentro de mim
e eu não posso fazer nada
pois tudo o que eu mais quero
é fazê-lo falar
e para isso
seria preciso fazê-lo calar
ele vibra dentro de mim com uma força descomunal
é maior do que centenas de alfaias num maracatu na rua
ou do que a bateria da escola de samba
é mais forte do que as ondas do mar em dia de ressaca
ou do som aterrador da turbina do avião dentro da turbulência
seu silêncio grita dentro de mim
e eu não posso fazer nada
pois tudo o que eu mais quero
é fazê-lo falar
e para isso
seria preciso fazê-lo calar
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
problemas de comunicação
Em tempos de comunicação em tempo real, digital, via rádio, celular e outros meios sobrenaturais, a compreensão entre dois seres humanos continua difícil. Nada substitui o olho-no-olho, e o tempo necessário para se elaborar ideias e dizer da melhor maneira possível aquilo que ainda ganha forma dentro do espírito, sem se definir.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
***
o que fazer
quando o cheio
de tão repleto
faz sentir um vazio
quase existencial?
esvaziar por completo
até voltar ao vazio inicial?
(e ficar novamente sem sentido)
ou descobrir espaços
para que o cheio ocupe
sem apertar nada nem ninguém
e ter o seu sentido garantido?
quando o cheio
de tão repleto
faz sentir um vazio
quase existencial?
esvaziar por completo
até voltar ao vazio inicial?
(e ficar novamente sem sentido)
ou descobrir espaços
para que o cheio ocupe
sem apertar nada nem ninguém
e ter o seu sentido garantido?
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